WEB SUMMIT

Correio da Manhã Canadá

Para muitos dos imigrantes que se encontram há vários anos no Canadá é normal que não saibam o que é a Web Summit. Mesmo para os que se encontram há pouco tempo, a evolução que ocorre no outro lado do Atlântico segue a “anos luz” e torna-se difícil acompanhar a atualidade do país que um dia albergou os sonhos de muitos.

O dia a dia agora passa por ver a temperatura antes de sair de casa, não saber bem ainda o que vestir com as temperaturas ora baixas, ora altas para a altura do ano, e seguir uma rotina que por vezes nos faz sentir saudades da nossa terra natal. As saídas, os amigos, as praias, a família que à medida que os anos vão passando vão ficando mais reduzidos e envelhecidos.

Mas algo se passa por terras lusas e que já vai no terceiro ano consecutivo e é mesmo a Web Summit, que segue de mãos dadas com Portugal. A conferência renovou contrato por mais dez anos no país que agora precisa de imigrantes. Onde encontrou um acolhimento que não conseguiu em Dublin onde nasceu. Afinal, a Web Summit também teve de abandonar a terra que a viu nascer e ganhar raízes onde se sente mais acolhida. A casa que nos últimos anos tem enviado os cérebros para fora, recebeu em permanência até 2028 a conferência que ajudou a colocar o país no mapa da tecnologia, e que significa uma semana de boas receitas turísticas. Portugal é mesmo para isso, turistas. Os seus estão espalhados pelo mundo.

A terceira edição já arrancou na segunda-feira, dia 5 de novembro e vai voltar a trazer dezenas de milhares de participantes, largas centenas de oradores, grandes empresas e muitas startups em busca de clientes e de investimento. Portugal investiu 11 milhões de euros para manter a conferência no país. O retorno será de 300 milhões de euros. Quem marcou presença na abertura da Web Summit foi uma cara bem conhecida da maior parte dos imigrantes portugueses no Canadá. O Presidente da Câmara Municipal de Toronto encontra-se em Lisboa com o Presidente da Câmara de Markham, Frank Scarpitti e o vereador Michael Thompson, a liderar uma delegação canadiana com cerca de 400 empresas, organizações e indivíduos.