VIGÍLIA LEMBRA MASSACRE DE TIANANMEN

massacreMais de 180 mil pessoas participaram em Hong Kong numa vigília de homenagem às vítimas do massacre de há 25 anos na praça de Tiananmen, segundo números da organização recolhidos esta quarta-feira. 
Milhares de pessoas permaneceram cerca de duas horas sentadas no chão com uma vela acesa na mão, numa cerimónia em que se ouviram gritos de protesto contra o Partido Comunista Chinês e outras mensagens como ‘You cannot kill us all’ (‘Não nos podem matar a todos’).
Também a Amnistia Internacional apelou esta qurta-feira ao Governo chinês que reconheça a violação dos direitos humanos no massacre da praça Tiananmen, faça justiça às suas vítimas e não realize mais perseguições aos ativistas.

A 04 de junho de 1989, o exército chinês reprimiu os manifestantes que estavam concentrados há várias semanas na praça Tiananmen, em Pequim, pedindo mais liberdade política e de expressão e o fim da corrupção no país, entre outras reivindicações.

Segundo várias Organizações Não Governamentais morreram milhares de manifestantes enquanto o governo insiste apenas na morte de dezenas de estudantes. A AI está a recolher assinaturas para uma petição sobre Tiananmen que será entregue ao Governo chinês até 12 de junho e denuncia ainda que entre os presos nas últimas semanas, estão o advogado de direitos humanos Pu Zhiqian, e a jornalista Gao Yu. Outros, como Ding Zilin, porta-voz do movimento das Mães de Tiananmen, foram colocados em prisão domiciliária.
 Há centenas de manifestações na China que não ficamos a saber, muitas em fábricas, devido às más condições de trabalho, que são amplamente reprimidas e abafadas.

A corrupção é um problema que continua a atingir a China e, a nível provincial, os governos estarão a desalojar centenas de pessoas de suas casas e propriedades agrícolas para a construção de grandes complexos fabris e habitacionais.
 
Há ainda alegados actos de repressão nas regiões que pretendem autonomia, como o Tibete e a Mongólia.