
Faro, 31 jul (Lusa) — O único alfarrabista de Faro, Carlos Simões, de 72 anos, viu-se forçado a encerrar a sua livraria esta semana, face a uma ordem de despejo, o que o levou a admitir doar centenas de milhares de livros lá contidos.
A livraria da rua do Alportel já não abriu na quinta-feira, depois de mais de 20 anos disponível para os clientes que procurassem livros raros, fora de impressão ou fossem apenas curiosos.
“Desempenhei um bom papel em Faro”, afirma o fundador da Livraria Simões, que estabeleceu a loja em 1982 (noutro espaço de onde também foi “corrido”) e que há seis anos abriu um armazém distante do centro da cidade, onde se vai manter, ao mesmo tempo que confessa antever o seu “final de atividade”.