A Turquia acusou ontem um grupo leal ao presidente sírio, Bashar al-Assad, de ter levado a cabo o duplo atentado bombista que, no sábado, matou 46 pessoas junto à fronteira síria.
“É altura de a comunidade internacional agir, em conjunto, contra este regime [de Damasco]. Os riscos de segurança para os países vizinhos estão a aumentar”, afirmou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, durante uma visita a Berlim. Este responsável acrescentou que os envolvidos no duplo atentado pertencem a uma “velha organização terrorista marxista” com ligações diretas ao governo de Assad. Horas antes, o ministro turco do Interior, Muammer Guler, disse que os ataques foram cometidos por um grupo conhecido das autoridades de Ancara e com ligações diretas aos serviços de informações de Damasco. Por seu lado, o ministro sírio da Informação, Omran Zubi, rejeitou todas as “acusações infundadas ”e negou qualquer envolvimento do seu país.