TRUDEAU DESLOCA-SE AO JAPÃO NUM ESFORÇO PARA APROFUNDAR OS LAÇOS COMERCIAIS NA ÁSIA

THE CANADIAN PRESS/Sean Kilpatrick
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Justin Trudeau faz o seu primeiro esforço importante na Ásia esta semana no Japão, onde ele espera ampliar as relações comerciais com um país que já foi o parceiro comercial nº 2 do Canadá.
O primeiro-ministro partiu no domingo para a sua primeira visita bilateral no exterior desde que assumiu o cargo no ano passado.
Ele vai reunir-se no início da semana em Tóquio com o ministro japonês Shinzo Abe, o imperador e a imperatriz, bem como com líderes do setor automóvel.
A visita ocorre antes da participação de Trudeau na cimeira do Grupo dos Sete (G7), na quinta-feira e sexta-feira, na cidade japonesa de Ise-Shima.
Mas antes de Trudeau se sentar com o poderoso grupo de líderes mundiais, ele vai tentar revigorar as relações comerciais e de investimento do Canadá com o Japão.
O seu gabinete diz que acredita que ainda há muito terreno fértil no Japão e vê este país como um parceiro chave numa região onde o governo Liberal pretende expandir os laços económicos.
Um dos principais objetivos da visita de Trudeau será o de tentar incentivar os responsáveis da indústria automóvel japonesa a manter e investir mais nas fábricas já existentes no Canadá.
O gabinete de Trudeau disse que ele pretende, na sua reunião com Abe, discutir as negociações sobre o acordo de parceria económica dos países, a Parceria Trans-Pacífico (TPP, sigla em ingês), a cooperação de segurança, a educação e o Ártico, dada a proximidade relativa do Japão.
A relação nipo-canadiana tem sido boa, mas pode ser melhorada.
Para começar, o embaixador do Japão em Otava observa que há menos de 15 anos atrás, o seu país era o parceiro comercial nº 2 do Canadá, depois dos Estados Unidos.
Mas Kenjiro Monji diz que a posição comercial do Japão com o Canadá caiu desde 2002.
Em 2009, o Japão tinha baixado para a posição nº 5, após ter sido ultrapassado pela China, México e Reino Unido. O valor do comércio entre o Japão e a Colúmbia Britânica caiu 45 por cento entre 2000 e 2014, acrescentou Monji.
A queda, segundo ele, é devida a quase duas décadas de recessão no Japão, o boom económico da China e a emergência de acordos comerciais canadianos, como o Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
Monji acredita que o comércio bilateral poderá receber um impulso a partir de uma fonte de energia canadiana chave para o Japão: gás natural liquefeito.
O Japão, o maior comprador mundial de GNL, espera que o Canadá emita as licenças ambientais necessárias para permitir às empresas exportá-lo a partir da Colúmbia Britânica.
Também é esperado que o Japão defenda os benefícios da Parceria Trans-Pacífico para o Canadá, um enorme tratado de 12 países que visa aprofundar as relações comerciais em toda a região da Ásia-Pacífico.
O pacto, que o Canadá está a rever, inclui as principais economias do Japão e dos Estados Unidos.
O controverso, e ainda para ser ratificado TPP, negociado pelo antigo governo Conservador, tem levantado preocupações em várias indústrias canadianas.
Fonte: Canadian Press