Tete, Moçambique, 11 jul (Lusa) – Entre o luto e a tradição, milhares de moradores de Chitima, província de Tete, centro de Moçambique, continuam a produzir, vender e consumir ‘phombe’, a bebida artesanal que provocou a morte de 75 pessoas em 2015 na região.
Em sombras de frondosas massaniqueiras, nos estreitos quintais de bairros secos e pobres de Chitima, a sede distrital de Cahora Bassa, ainda as lágrimas e prantos dos assolados pela tragédia há um ano e meio contrastam com a ‘bwadha’, a festa popular onde é servido um cocktail de ‘phombe’ e música.
“A população continua a fabricar, vender e consumir ‘phombe’, embora tenha ocorrido uma tragédia aqui, mas tudo por força da tradição” disse à Lusa Cardoso Saete, líder do bairro Cawira B, o mais atingido pela fatalidade, com um terço das mortes e que ainda tenta reerguer-se do incidente.
