Por estes dias, um dinossauro gigante invadiu virtualmente a Assembleia Geral das Nações Unidas para alertar os humanos sobre os perigos das alterações climáticas. “Pelo menos nós tivemos um asteroide!”, reflete o T-rex sobre a possível extinção humana que pode resultar do aquecimento global, deixando a mensagem: “Não Escolham a Extinção”.
Os conselhos do imponente dinossauro deram o mote à COP26, a 26.ª Conferência das Partes, que até 12 de novembro é palco de negociações históricas. Trata-se da “última grande oportunidade de retomar o controlo” do clima, como resume a organização.
Ao contrário do primeiro-ministro português, António Costa, que não pôde estar presente na cúpula, o seu homólogo canadiano, Justin Trudeau, discursou na assembleia, reiterando a promessa de reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa no setor do petróleo e do gás. “De quantos mais sinais precisamos?”, questionou o liberal, apelando à ação dos demais países, numa altura em que o Canadá goza de uma nota positiva no que às suas metas climáticas diz respeito, de acordo com uma análise recente da Clean Prosperity.
Mas o dinossauro climático não foi o único a invadir assembleias na semana que passou. Em Portugal, o Orçamento do Estado também assumiu verdadeiras proporções jurássicas, ao ser chumbado pela maioria parlamentar. Portugal atravessa agora uma crise política, contando os dias para a dissolução do Parlamento, que deverá ser anunciada na próxima quinta-feira pelo Presidente da República. Os portugueses serão assim chamados às urnas mais cedo do que o esperado, num ato eleitoral que irá reconfigurar a política do país.
No que à política diz respeito, o Canadá pode orgulhar-se de dias mais calmos. Na semana passada, foi a vez de conhecermos as novas caras do Governo liberal. Trudeau elegeu o clima, a habitação e o processo de reconciliação com as comunidades indígenas como algumas das prioridades no arranque da atividade do seu novo Gabinete, numa altura em que o Papa Francisco aceitou visitar o Canadá, também no âmbito da reconciliação indígena.
E da atualidade recente, destacamos ainda o Halloween, cujos protagonistas não foram dinossauros, mas certamente outras personagens assustadoras! No Canadá, onde a tradição é mais forte do que em Portugal, as atividades de Halloween decorreram com um fôlego renovado, depois do cancelamento dos eventos do ano passado. A vida regressa, enfim, a uma certa normalidade, abrindo espaço a novos desafios. Há mais T-rex’s à vista, isso é certo, porque o mundo é mesmo assim: complexo e complicado!