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Os peritos em armas químicas já recolheram amostras, documentos e testemunhos, e o trabalho de campo deve estar concluído na próxima segunda-feira. No dia seguinte, uma outra equipa da Organização para a Interdição de Armas Químicas deverá chegar à capital síria para começar a inspeccionar o arsenal químico do regime. Esta missão, recorde-se, destina-se a investigar os locais que constam na lista oficial fornecida por Damasco no passado dia 19, tendo em vista o posterior desmantelamento de todo o arsenal químico.
Americanos e russos alcançaram quinta-feira um acordo histórico que permitiu avançar com uma resolução sobre a Síria na ONU, a qual se previa que fosse ontem votada no Conselho de Segurança. Resolução que muitos consideram ser uma vitória de Moscovo, uma vez que no texto não consta qualquer referência à alegada culpa do regime de Bashar al-Assad no ataque químico de 21 de agosto.
O ‘The Washington Post’ revelou entretanto que o arsenal químico sírio é, em grande parte, “inutilizável”, pelo que poderá ser eliminado mais rapidamente do que o previsto, provavelmente no prazo de nove meses. Acrescente-se que, segundo estimativas dos peritos, a Síria possui mais de mil toneladas de armas químicas, incluindo 300 de gás mostarda.