“SENSAÇÃO GERAL DE PRECIPÍCIO IMINENTE” NO NOVO ROMANCE DE INÊS PEDROSA

LusaPóvoa de Varzim, Porto, 29 fev (Lusa) — A escritora Inês Pedrosa descreve a atmosfera de “Desnorte”, o seu novo livro de contos lançado no encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d’Escritas, como uma “sensação geral de precipício iminente”.

Em entrevista à Lusa, Inês Pedrosa explica que aquilo que une as histórias de “Desnorte” é um sentimento de “desnorteamento, de perder o pé, de perder a terra em situações muito distintas, umas familiares, outras sociais, outras mais íntimas, em relações ou de amor ou de amizade, mas é uma sensação da pessoa não saber ou quem é ou onde está”.

“Voz”, o conto que inaugura a obra de Inês Pedrosa e onde se pode acompanhar a personagem, uma voz que se quer afirmar na relação com os outros, “a sair da sombra (…) e tornar-se real”, “serve de prefácio” aos outros textos, que incluem temas como o erotismo, o amor, a paixão, a afirmação social e o “reconhecimento exterior” dos escritores.