Os contribuintes vão ter de esperar mais uma semana para saberem qual o “roteiro” do Governo para a futura RTP, como lhe chamou ontem Alberto da Ponte, presidente do grupo público. O ministro da tutela tem audição marcada para 9 de outubro na comissão parlamentar de Ética, mas até lá o assunto permanece em sigilo absoluto.
O CM questionou o gabinete de Miguel Poiares Maduro sobre algumas das matérias que estão na ordem do dia, como o novo contrato de concessão, ou os 20 milhões de euros que o presidente da RTP disse precisar, além dos 180 milhões já previstos, para a gestão da empresa, mas não obteve qualquer resposta.
Ontem, à margem do encontro de apresentação do ‘cluster’ empresarial para a inovação da RTP, Alberto da Ponte remeteu todos os esclarecimentos para o acionista e não avançou qual – quer informação. “Todo o modelo de financiamento que possa fazer receitas é bom. O modelo que está definido é que a RTP vai ter de viver comas receitas comerciais e a contribuição audiovisual”, disse o gestor.
Por saber está ainda o destino do arquivo da RTP, pelo qual o Estado pagou 150 milhões e que agora a RTP quer manter; que canais públicos podem passar para a TDT e ainda quem irá compor a entidade independente de gestão, de que falou o governante. Confrontado sobre este organismo, Alberto da Ponte foi perentório: “Como gestor, já respondi a vários acionistas. Desde que tenha autonomia de gestão, tudo bem”, disse.