SAÚDE PÚBLICA DE TORONTO ALERTA PARA “AUMENTO SIGNIFICATIVO” OBSERVADO EM CASOS DE SÍFILIS

Treponema pallidum, a bactéria responsável pela sífilis.
Treponema pallidum, a bactéria responsável pela sífilis.
Treponema pallidum, a bactéria responsável pela sífilis.
Treponema pallidum, a bactéria responsável pela sífilis.

A Saúde Pública de Toronto diz que está ciente de um “aumento significativo” no número de casos de sífilis infeciosa relatados na cidade no ano passado e nos primeiros seis meses deste ano.

Rita Shahin, diretor médico associado da saúde, disse que 394 casos foram relatados em Toronto até ao final de junho de 2016. Um total de 690 casos foram relatados às autoridades de saúde pública no ano passado, em comparação com 590 casos em 2014.

Shahin especifica que cerca de 97 a 98 por cento dos casos, em geral, são reportados em homens. No ano passado, 89 por cento dos casos envolveram homens que tiveram sexo com homens. Quarenta e cinco por cento de todas as pessoas infetadas com sífilis também estão infetados com o HIV.

As autoridades de saúde pública de Toronto não identificaram uma “causa específica” para o aumento, embora o não uso do preservativo, especialmente para o sexo oral, é considerado um dos fatores que contribuem para o aumento do número de casos.

Outros fatores por trás dos números crescentes pode ser um aumento de pessoas que se encontram online, um aumento de parceiros sexuais anónimos, bem como o uso de drogas e álcool.

Os primeiros sintomas da sífilis incluem feridas ou úlceras, mas Shahin disse que eles são muitas vezes difíceis de detetar e exorta as pessoas a fazer testes com frequência.

De acordo com uma “ficha informativa” online preparada pela saúde pública de Toronto, a sífilis infeciosa é uma infeção sexualmente transmissível causada por bactérias.

Ela pode ser transmitida por meio vaginal sem proteção, anal ou sexo oral. Ela é transmitida por contacto direto com uma ferida da sífilis. As bactérias podem fazer o seu caminho para a corrente sanguínea através de um rasgo na pele ou nas mucosas.

A sífilis também pode ser transmitida através da partilha de agulhas ao injetar drogas. As mulheres grávidas podem passar sífilis para os seus fetos em desenvolvimento.

A saúde pública de Toronto informou que um exame de sangue é usado para diagnosticar a sífilis. E indicou que pode demorar entre duas a 12 semanas para a infeção aparecer no sangue.

A saúde pública de Toronto afirmou que acredita que é importante tratar a sífilis o mais rapidamente possível para evitar as complicações e para evitar que a infeção seja transmitida a outra pessoa. E adiantou que os antibióticos ajudam a curar a sífilis.

Se não for tratada, a sífilis pode danificar gravemente o coração, cérebro, fígado, ossos e olhos.

Fonte: CBC News