SAÚDE EM RISCO

Correio da Manhã Canadá

Em Ontário e com o recente governo conservador várias instituições encontram-se em risco. Depois de ter sido divulgado na semana passada que o governo provincial está a fazer consultas públicas para retirar a oportunidade das crianças entre os 4 e os 6 anos frequentarem a escola, surgem agora novos dados sobre o sistema de saúde em Ontário.

A líder do NDP, Andrea Horwath revelou na segunda-feira que a província já tinha assinado legislação para privatizar a saúde em Ontário. O governo já desmentiu estas acusações, mas na realidade onde há fumo, há fogo, e a pessoa responsável pela divulgação destes documentos já foi despedida. Mais informações sobre o caso indicam que os documentos divulgados pelo NDP, incluem referências de o plano já ter sido aprovado e indica os membros do conselho que o aprovaram. Horwath, garantiu que o plano tem sido escondido do público porque será uma medida polémica que não será bem recebida entre os habitantes de Ontário.

O governo pretende criar um sistema de saúde privado em Ontário de dois níveis, que introduzem um novo modelo de prestação de cuidados, chamados de grupos MyCare, que terceirizam serviços como laboratórios e o serviço de ambulâncias. Já na semana passada o NDP divulgou uma versão preliminar da próxima legislação de saúde conservadora que iria dissolver as Redes Locais de Integração de Saúde (LHIN) da província e criar uma “super agência” para orientar o sistema de saúde.

Mas não é apenas em Ontário que a saúde está em risco, todo um sistema está ameaçado em Portugal. Apesar do Sistema Nacional de Saúde estar problemático um pouco por todo o país, em Leiria a situação é classificada como uma “calamidade”, segundo os profissionais de saúde que ali trabalham. Algumas das declarações vão mais longe e afirmam que a urgência do Hospital de Santo André está “à beira da rutura”. Muitos dos doentes são colocados em salas de espera sem condições mínimas, e muitos outros nem em 12 horas são atendidos. Na passagem de turno por vezes os profissionais recebem mais de 80 doentes que ainda não foram vistos. Estas situações carecem de intervenção urgente das entidades competentes. O problema é quando as entidades competentes pretendem destruir o pouco que ainda temos.