
A Rússia contestou este sábado as acusações norte-americanas que atribuem aos rebeldes pró-russos a responsabilidade pelo derrube do avião das linhas aéreas da Malásia no leste da Ucrânia, alegadamente abatido por um míssil.
O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, em declarações à comunicação social russa, afirma que “os comunicados dos representantes da administração americana são uma prova da perceção profundamente aberrante de Washington sobre o que se passa na Ucrânia»”.
Serguei Riabkov adianta que apesar do caráter evidente e indiscutível dos argumentos fornecidos pelos rebeldes e por Moscovo, a administração americana continua a perseguir os seus próprios objetivos.
Também um comunicado do ministério russo dos Negócios Estrangeiros manifesta perplexidade por ver representantes oficiais de certos Estados a apressarem-se em fornecer as suas versões da catástrofe, influindo assim no prosseguimento do processo.
Já o governo de Kiev afirmou este sábado que quer afastar os grupos de separatistas pró-Rússia de eventuais negociações para permitir acesso ao local da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, depois de apelos constantes à comunidade internacional para que os separatistas sejam declarados terroristas.
Cerca de 30 observadores da OSCE terão ido ao local onde se encontram os destroços, mas terão sido acompanhados por militares separatistas e não terão encontrado provas sobre o que se passou com o voo MH17.
O primeiro-ministro holandês já veio a publico dizer que o presidente russo tem que permitir o livre acesso ao local da queda.
Enquanto, Angela Merkel e Vladimir Putin concordam com uma investigação internacional, embora a Rússia e a Ucrânia continuem a trocar acusações sobre o abate do avião.