A escassez de financiamento para o plano SmartTrack do presidente pode traduzir-se num aumento de impostos de 2,1 por cento, aponta um novo relatório.
Os novos números constavam num relatório divulgado na segunda-feira pelo Diretor Municipal Peter Wallace que detalhou o acordo de partilha dos custos do SmartTrack entre a província e a cidade.
O relatório resume e refina uma série de compromissos de financiamento que foram anunciados anteriormente, mas também dá uma ideia de quanto o plano SmartTrack do presidente John Tory vai custar aos residentes de Toronto.
Ao abrigo do acordo, a cidade será responsável por arcar com cerca de 3,3 mil milhões de dólares para construir seis novas estações SmartTrack e o Eglinton West LRT (a parte ocidental do SmartTrack).
No entanto, o relatório prevê que a quota-parte da cidade será inferior, após mais fundos terem ficado assegurados pelo governo federal, a Greater Toronto Airports Authority, a cidade de Mississauga e os promotores imobiliários.
A cidade prevê pagar a sua quota dos custos com o SmartTrack através de taxas de desenvolvimento e um incremento da Contribuição para o Financiamento. No entanto, o relatório indica que face aos défices de cash flow nos primeiros anos isso poderia significar um aumento dos impostos sobre imóveis.
O relatório também diz que a cidade está a explorar uma opção de financiamento alternativo que só significaria um aumento de impostos de cerca de um ou dois por cento, mas essa opção pode exigir uma garantia municipal ou uma alteração legislativa.
Tory promete não aumentar impostos
O escritório de Tory disse em um e-mail de segunda-feira que o presidente “tem tornado claro que não vai aumentar os impostos sobre os imóveis acima da taxa de inflação.”
O e-mail esclarece que a cidade mede os custos por pontos de imposto sobre a propriedade, razão pela qual o gestor municipal incluiu esse número no relatório.
O presidente pretende explorar uma variedade de maneiras de preencher o buraco financeiro, como o fundo de construção da cidade, venda de ativos da cidade e fundos federais. Ele disse estar a aguardar um relatório da equipa nas próximas semanas, que deverá apontar uma variedade de possíveis instrumentos de receitas e taxas que poderiam ajudar a pagar a rede de trânsito.
O relatório segue-se a vários meses de negociações iniciadas entre a cidade e a província em junho, para lidar com as despesas para o Eglinton Crosstown, SmartTrack e linhas de LRT planeadas para Eglinton West, Finch e Sheppard.
Segundo o relatório, a província concordou em gastar 3,7 mil milhões de dólares para cobrir a eletrificação da rede GO e capacidade ferroviária adicional para acomodar ambos o SmartTrack e o plano da província para os serviços ferroviários expressos regionais. A quota-parte da província também deverá cobrir o custo de atualização de 11 estações GO existentes para acomodar o SmartTrack e construção de duas novas estações de comboio expresso regionais.
A cidade diz que a província vai assumir 85 por cento do custo das passagens de nível separadas que terão de ser construídas, enquanto que a cidade vai ficar responsável por 15 por cento do custo.
Quando se trata de novas linhas de LRT, a província vai pagar os custos totais para construir e manter a infraestrutura para as linhas de Finch e Sheppard, enquanto que a cidade vai pagar para operar as linhas.
O acordo será considerado numa reunião especial do Comité Executivo da cidade na terça-feira. John Tory deverá discutir o acordo com a primeira-ministra Kathleen Wynne, num encontro previsto para amanhã (hoje). Finalmente, o acordo deverá ir a uma votação da Assembleia Municipal no final do mês.
Fonte: CTV Toronto