O relator especial nomeado pelo Governo federal para investigar as alegações de interferência chinesa nas eleições anunciou na passada sexta-feira a demissão. David Johnston de 81 anos estava a ser acusado de parcialidade durante semanas devido à proximidade com o primeiro-ministro Justin Trudeau.
David Johnston anunciou a demissão de forma inesperada numa carta dirigida ao primeiro-ministro, Justin Trudeau.
Johnston foi encarregado por Trudeau, em março deste ano, de investigar as alegações de que a China teria interferido nas duas últimas eleições federais.
Na carta, o relator afirma desempenhar um papel “demasiado envolto em controvérsia política para poder continuar”.
“Quando assumi a tarefa de relator especial independente sobre a interferência estrangeira, o meu objetivo era ajudar a criar confiança nas nossas instituições democráticas”, escreveu o antigo governador-geral.
“Concluí que, dada a atmosfera altamente partidária em torno da minha nomeação e do meu trabalho, a minha liderança teve o efeito oposto.”
A demissão de Johnston surge depois de os legisladores canadianos terem apelado ao afastamento do próprio no início do mês.
David Johnston foi governador-geral do Canadá entre 2010 e 2017.