
Londres, 24 nov (Lusa) – A Economist Intelligence Unit considerou hoje que a rejeição por Angola à assistência financeira do Fundo Monetário Internacional foi “inesperada e mal recebida” pelos investidores e demonstra a opacidade e falta de transparências nas contas públicas do país.
Num comentário à recente visita dos técnicos do FMI a Angola, os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist escrevem que as reuniões “seguem-se a várias mudanças governamentais, com um novo governador do banco central e um novo ministro das Finanças, e à decisão do Governo de não continuar com o pedido de ajuda financeira, que teria permitido um encaixe de 4,5 mil milhões de dólares, uma decisão que do pontos de vista dos investidores foi inesperada e mal recebida”.
Para estes analistas, “Angola não explicou as suas razões, mas a recusa do Programa de Financiamento Ampliado [EFF, no original em inglês] demonstrou a resistência do Governo à transparência que acompanha a permissão de mais intervenção externa na sua economia”.