Na esteira de várias acusações de agressão sexual de alto nível nas últimas semanas, o governo do Québec delineou uma estratégia de 200 milhões de dólares para prevenir e responder à violência sexual, que inclui 26 milhões de dólares em novos financiamentos.
Os ministros Lise Thériault, Martin Coiteux, Stéphanie Vallée, Lucie Charlebois e Hélène David estiveram todos em Montreal, na sexta-feira, para lançar os novos planos da província para combater o problema.
A província vai gastar 44 milhões de dólares, em 51 novas medidas para combater a violência sexual. Desse dinheiro, 37 milhões de dólares serão gastos na intervenção, e 5,2 milhões de dólares serão gastos na prevenção.
A estratégia incluirá várias abordagens, desde um aumento da assistência às vítimas, a implementação de novos procedimentos de formação para policiais e promotores, ao desenvolvimento de um novo programa de educação sexual.
O governo disse que vai reforçar o apoio às vítimas através do aumento dos orçamentos operacionais da aliança de centros de agressão sexual do Québec. Também prevê iniciar campanhas de sensibilização sobre a violência sexual, especialmente em faculdades e universidades, bem como no mundo dos desportos.
O governo tem ainda planos para melhor equipar a polícia para garantir que eles realizam uma intervenção apropriada em situações de agressão sexual. A província vai lançar uma nova unidade da polícia para combater a exploração sexual visando aqueles que compram serviços sexuais e aqueles que lucram com a exploração sexual.
O plano também inclui suporte para as pessoas trans(género), que o ministro da Justiça Stephanie Vallee disse são muitas vezes alvo de violência sexual.
A estratégia surge numa semana em que o membro da Assembleia Nacional Gerry Sklavounos abandonou a bancada Liberal no meio de alegações de abuso sexual, dois homens foram presos em ligação com uma série de arrombamentos e agressões sexuais na Universidade Laval, em Quebec City, e milhares participaram em manifestações em toda a província para denunciar a cultura do estupro.
Fonte: CTV Montreal