PUTIN DIZ QUE CRIMEIA FOI E SERÁ SEMPRE DA RÚSSIA

putinO Presidente russo, Vladimir Putin ao discursar perante o parlamento russo, afirmou que a Crimeia sempre foi e será parte integrante da Rússia, numa sessão do Kremlin dedicada à decisão de integrar a república autónoma ucraniana na Federação Russa.
Putin reafirmou que o novo governo da Ucrânia é ilegal e criticou o apoio dos países ocidentais a Kiev, afirmando que o Ocidente ultrapassou uma linha vermelha, tendo sido fortemente aplaudido por deputados e senadores.
O presidente russo destacou os valores comuns entre a península e a Rússia ao analisar o resultado final do referendo de domingo, adiantando que na Crimeia estão os túmulos de soldados russos e a cidade de Sebastopol é a pátria da Frota do Mar Negro.
Palavras que proferiu horas depois de ter aprovado um projeto de tratado para incorporar a Crimeia na Federação Russa e informado formalmente o parlamento russo do pedido do parlamento da Crimeia para se tornar parte da Rússia, naquele que é o primeiro passo legislativo para a anexação da península, até agora pertencente à Ucrânia.
Numa primeira reação a este discurso, o presidente interino ucraniano, disse que o país jamais reconhecerá a anexação da Crimeia à Rússia.
Olexandre Tourtchinov disse que nem a Ucrânia, nem o mundo podem reconhecer tal anexação e que tal decisão é perigosa e cheia de consequências jurídicas, além de ser uma provocação para a Europa e para o mundo.
Também a chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que a anexação da Crimeia pela Rússia, selada agora com um acordo histórico, é contra o direito internacional, num dia em que a Casa Branca confirmou que os EUA não reconhecem esta anexação, estando o Presidente Obama em contato permanente com a chanceler alemã sobre uma possível resposta conjunta a esta situação.
Em simultâneo a estas movimentações diplomáticas, no terreno, Um soldado ucraniano morreu e outro ficou ferido durante um ataque de homens armados a uma base ucraniana na Crimeia, anunciou o Ministério da Defesa da Ucrânia, enquanto que o primeiro-ministro interino, Arseni Iatseniuk, afirma que o conflito na península da Crimeia entrou numa fase militar, depois de disparos de forças russas contra soldados ucranianos.