PS INSISTE EM ACUSAR GOVERNO DE ENGANAR PORTUGUESES

psO secretário-geral do PS acusou de novo o primeiro-ministro de persistir em enganar os portugueses, preparando-se agora para transformar os cortes provisórios, em definitivos.

No encerramento da conferência “Novo Desenvolvimento”, organizada pelo partido num hotel em Lisboa, António José Seguro disse que há uma semana avisou os portugueses para o facto de o Governo ter “uma agenda escondida” e de que “vinham aí mais cortes na ordem dos dois mil milhões de euros”, António José Seguro fez alusão ao “corrupio de asneiras” que aconteceu desde então, numa referência indireta à informação transmitida por fonte do ministério das Finanças de que o executivo ponderava criar um mecanismo permanente para substituir a Contribuição Extraordinária de Solidariedade nas pensões e classificou a situação como grave, mas considera ser ainda mais grave que o primeiro-ministro persista em enganar os portugueses.

O líder socialista recuou depois três anos, para lembrar que no dia 01 de abril faz precisamente três anos que Pedro Passos Coelho disse que tinha feito as contas e que não seria necessário cortar nos salários ou nos subsídios de férias ou de Natal e logo a seguir quando chegou ao Governo o líder do PSD fez precisamente o contrário.

Seguro voltou ainda a defender a mutualização da dívida, acusando o Governo de recusar combater ao lado do PS por esta proposta, preferindo ter como aliado a agenda neoliberal de Angela Merkel e recusou a ideia de que sejam os europeus a pagar a dívida portuguesa, apesar de sublinhar que é importante ter em conta que 15 dos 18 países que fazem parte da união económica e monetária têm uma dívida pública superior a 60 por cento, o ‘limite’ definido pelos tratados.