PROVÍNCIA REJEITA AUMENTOS DE SALÁRIOS ENORMES PARA PRESIDENTES DE FACULDADES

(CBC Ottawa)
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O governo provincial está a ordenar que as faculdades recuem nas propostas de aumento de salário que veriam altos executivos receber um aumento de praticamente 50 por cento, após um congelamento do salário de cinco anos.
A ministra de Educação Avançada, Deb Matthews, disse que os aumentos propostos baseiam-se em comparações injustas e equiparam a gestão de uma faculdade a organizações maiores e mais complexas.
“Sinceramente, ter algumas faculdades a escolher comparadores 10 vezes o seu próprio tamanho não está no espírito da legislação como era intenção e não está no espírito do que estamos a tentar alcançar, numa altura em que caminhamos em direção a um orçamento equilibrado”, disse Matthews, durante uma conferência de imprensa na quinta-feira no Queen’s Park.
Documentos divulgados pelo Sindicato dos Funcionários da Função Pública do Ontário mostram que os conselhos das faculdades Algonquin e Mohawk propõem aumentos de mais de 50% para os seus presidentes, enquanto que estão a ser propostos aumentos de mais de 40% para os presidentes das faculdades Centennial, Confederation, Fanshawe, Georgian e Lambton.
Matthews referiu que os conselhos escolares de todas as 24 faculdades do Ontário devem rever as suas propostas de remuneração dos executivos.
CEOs de universidade e hospitais aguardam aumentos
Executivos em todo o setor público do Ontário estão em posição para receber aumentos a partir de 1 de abril. O congelamento de salário está em vigor desde 2012 e deve ser levantado, logo que o governo apresente um orçamento equilibrado.
Matthews reconheceu que é crucial para o governo manter um limite de aumento salarial para os executivos da faculdade, de modo a que os CEOs em hospitais e universidades também não tenham grandes aumentos de salário quando o congelamento terminar.
Linda Franklin, presidente e CEO do grupo-mãe Colleges Ontario, disse que não está surpresa com a decisão da província, mas enfatizou que os aumentos propostos que atraíram mais críticas estavam no topo de uma gama de possíveis salários.
“Nós não sabemos ainda o que os conselhos da faculdade podem decidir sobre os aumentos reais”, afirmou Franklin, numa entrevista com a CBC Toronto na quinta-feira.
A notícia vem numa altura em que um novo relatório de um consultor encomendado pela Colleges Ontario mostra que as faculdades estão a enfrentar uma diminuição das matrículas por causa das mudanças demográficas, enquanto que o financiamento por estudante da província não conseguiu acompanhar o aumento dos custos.
“Esse relatório aponta para a necessidade de CEOs realmente capazes e competentes para administrar essas instituições”, observou Franklin.
Fonte: CBC News