Figura consensual entre os investidores envolvidos na criação da nova estrutura acionista da Controlinveste, Proença de Carvalho poderá ser um elemento desbloqueador da atual situação de impasse no negócio, apurou o CM junto de várias fontes.
Contactado, o advogado desmente. No entanto, o CM sabe que esteve recentemente em Angola, onde estabeleceu contacto com individualidades governamentais daquele país, e é agora apontado como um possível candidato à sucessão de Joaquim Oliveira na presidência executiva da dona do ‘Diário de Notícias’ e da TSF, entre outros órgãos.
Recorde-se que o comando da empresa tem sido um dos pontos da discórdia entre os envolvidos: Joaquim Oliveira, BES, BCP, António Mosquito e Luís Montez. O prazo para a assinatura do memorando de entendimento (13 de setembro) entre Oliveira e os bancos foi inclusive ultrapassado, uma vez que António Mosquito, investidor angolano, recusa ficar com uma participação inferior à do atual dono da Controlinveste, a troco dos mais de dez milhões de euros que vai injetar na futura sociedade.
O CM sabe que Ricardo Salgado também esteve em Angola na semana passada. O presidente do BES reuniu-se com José Eduardo dos Santos, e este terá sido um dos temas em cima da mesa. Proença de Carvalho, que tem ligações a Angola por via da
InterOceânico, projeto que junta o advogado e Francisco Pinto Balsemão a investidores angolanos, tem experiência na área da comunicação social: foi presidente da RTP e da ZON.