
Decorreu ontem o encontro virtual entre o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e o novo presidente norte-americano, Joe Biden. Na conferência, Biden assegurou apoio na libertação dos canadianos ‘Two Michaels’, detidos há dois anos na China. Foi o primeiro encontro virtual do presidente americano com um chefe de estado de outra nação.
“Seres humanos não são moeda de troca”. É assim que Joe Biden, em conferência com o primeiro-ministro Justin Trudeau, se refere ao caso dos Two Michaels.
Foi na passada terça-feira que os dois líderes políticos se sentaram frente a frente, numa conferência virtual, para discutir assuntos da aliança dos países vizinhos.
De acordo com a imprensa canadiana, Joe Biden garantiu ao primeiro-ministro canadiano apoio na libertação dos dois canadianos detidos na China desde finais de 2018, embora não tenha revelado detalhes sobre como o iria fazer.
A detenção dos ‘Two Michaels’ foi um gesto de retaliação do país chinês pela detenção de Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos, com acusações de fraude fiscal.
Além disso, a imprensa canadiana também avançou que Justin Trudeau estava em sintonia com a estratégia agressiva de Biden sobre as mudanças climáticas.
O plano da Casa Branca para a parceria entre os dois líderes, recentemente divulgado, destacava seis áreas prioritárias para a reunião, e que incluíam o combate à pandemia, a reconstrução económica dos dois países e os esforços para alcançar zero emissões de gás com efeito estufa até 2050.
Durante a reunião, Justin Trudeau esteve acompanhado pela vice-primeira-ministra Chrystia Freeland e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Marc Garneau.
Já o presidente norte-americano fazia-se acompanhar por Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, e outros membros do gabinete.
De notar que o primeiro telefonema e o primeiro encontro com um líder de outra nação desde que Joe Biden assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos foram ambos com Trudeau.