PRESIDENTE DOS EUA INDICA CABO-VERDIANO COMO BARÃO DA DROGA INTERNACIONAL

ObamaBarack Obama enviou para a Câmara dos Representantes um relatório identificando o cabo-verdiano Francisco de Fátima Frederico Barros como um importante traficante de droga internacional.

De acordo com a Casa Branca, o relatório que o Presidente está a enviar para a Câmara dos Representantes identifica três cidadãos estrangeiros, desde Francisco de Fátima Frederico Barros de Cabo Verde, a Jose Adan Salazar Umaña de El Salvador e Victor Ramón Navarro Cerrano da Colômbia, como sendo importantes traficantes de narcóticos estrangeiros passiveis de serem alvo de sanções ao abrigo de uma lei de combate à droga norte-americana (Foreign Narcotics Kingpin Designation Act, conhecida como Kingpin Act).

Francisco de Fátima Frederico Barros é conhecido também por Lúcio Francisco Barros Frederico e por Chico Barros, nasceu na Praia, em Cabo Verde e as autoridades norte-americanas revelam que, nos documentos, apresenta duas datas de nascimento: 13 de Maio de 1967 e 6 de Junho de 1970.

O alegado traficante tem paradeiro desconhecido, mas tem passaporte cabo-verdiano e guineense, bem como bilhete de identidade de Cabo Verde e segundo a rádio Voz da América, Barros deixou Cabo Verde há muito tempo e não terá desenvolvido qualquer atividade legal ou criminosa no arquipélago, mas poderá estar ligado à rede de tráfico dominada por militares na Guiné-Bissau, entre eles o antigo chefe da Marinha Bubo na Tchuto, atualmente detido em Nova Iorque.

A Casa Branca explica ainda que o Kingpin Act, como é conhecida a lei, serve para negar o acesso de traficantes de droga ao sistema financeiro dos EUA. As sanções do Kingpin Act proíbem todo o comércio e transações entre os designados importantes traficantes de narcóticos estrangeiros e empresas e indivíduos americanos, e congela quaisquer ativos que possam ter com a jurisdição dos EUA.

Ainda de acordo com o comunicado da Casa Branca, esta ação de Barack Obama sublinha o seu compromisso de perseguir os mais conhecidos traficantes de droga e as suas organizações, particularmente as suas bases financeiras.

Desde 2000, quando os primeiros traficantes foram nomeados sobre esta lei, 106 cidadãos e entidades estrangeiras já foram identificados pelo Presidente norte-americano.