
A polícia de Toronto disse ter feito mudanças radicais na forma como a força policial lida com aqueles que se encontram em crise, adotando inclusive uma abordagem de “dano zero”.
O vice-chefe Mike Federico diz que têm implementado uma esmagadora maioria de recomendações emitidas como parte de um inquérito judicial e de um relatório separado por um ex-juiz do Supremo Tribunal sobre a utilização de força letal por parte da polícia.
Falando na reunião mensal do Conselho de Serviços da Polícia de Toronto, Federico disse que 45 das 46 recomendações relacionadas com a polícia feitas no inquérito foram aplicadas, bem como 79 das 84 indicadas no inquérito por Frank Iacobucci.
Adianta ainda que os novos recrutas vão receber mais três semanas de formação para enfatizar certas técnicas, algo que os críticos têm vindo a pedir.
O vice-chefe refere que o uso de câmaras também vai ajudar com a responsabilidade dos oficiais quando lidam com este tipo de situações.
Mas uma proposta para introduzir a denominada arma “sock” – uma espingarda modificada que dispara balas macias semelhantes a um saco de feijão – foi criticada por pelo menos um membro do conselho.
O Chefe Mark Saunders disse que a sua força recebe 20.000 chamadas por ano para pessoas em crise.
O relatório Iacobucci veio no seguimento da morte de um adolescente num elétrico vazio há dois anos.
O inquérito do legista, entretanto, olhou para as mortes de Reyal Jardine-Douglas, Sylvia Klibingaitis e Michael Eligon, que tinham problemas de saúde mental, quando eles foram baleados pela polícia.
Fonte: Canadian Press