
Loulé, Faro, 18 mar (Lusa) — O primeiro-ministro manteve hoje que Portugal registará em 2015 um défice inferior a 3%, mas alertou para a possibilidade de não se cumprir esse objetivo em 2016, caso as medidas extraordinárias do Governo sejam retiradas repentinamente.
“Se nada disto [medidas extraordinárias] existir em 2016, então haverá tendência para que nós não cumpramos o objetivo de ter um défice inferior a 3% e então poderemos vir a ter problemas, não com o crescimento da economia, que crescerá, mais até do que aquilo que o Governo tem previsto, mas podemos regressas a certos desequilíbrios macroeconómicos”, afirmou.
O primeiro-ministro, que falava num hotel do Algarve, na conferência que assinala os 45 anos da Região de Turismo do Algarve (RTA), disse que as perspetivas apresentadas hoje num relatório do Conselho de Finanças Públicas (CFP) “são coincidentes com aquilo que o Governo apresentou”, o que “credibiliza” a sua proposta de cenário macroeconómico incluída no OE para 2015.