Lisboa, 08 mar (Lusa) – Os preços baixos do petróleo vão acentuar a fraca política orçamental na Guiné Equatorial, um país que apresenta um alto nível de risco no que diz respeito aos pagamentos soberanos, considera a consultora Aon.
Na análise por país que acompanha o relatório de Risco Político 2015, divulgado esta semana, a consultora especializada em gestão de risco, os analistas traçam um retrato negro da situação económica da Guiné Equatorial, o mais recente membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa: “Com o Governo a não tolerar a dissidência, os altos riscos em matérias legais e regulatórias persistem; o investimento privado é constrangido pela excessiva burocracia, regulamentos complexos e corrupção, com as receitas petrolíferas a enfraqueceram a pressão para se fazerem reformas”.
Os analistas da Aon, que tiveram a colaboração da Roubini Global Economics, salientam ainda que “o Estado de direito e a eficácia do Governo são particularmente fracas” e que os cidadãos estão insatisfeitos com os serviços”, o que talvez ajude a explicar a continuação da violência política.