

Paulo Macedo propôs aumento da taxa sobre a Banca. Maria Luís Albuquerque Recusou agravar taxa aos bancos. (Fotos de Etienne Ansotte/LUSA)
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, arrasou a equipa da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, na reunião do Conselho de Ministros extraordinário, que se realizou entre as 10h00 de domingo e as 03h00 de segunda-feira. Ao que o CM apurou, Paulo Macedo (que já ocupou o lugar de diretor-geral dos Impostos) terá chegado ao ponto de acusar a equipa de Maria Luís Albuquerque de ter levado para a reunião contas “pouco sérias” sobre as poupanças geradas pelos cortes no Estado e o cumprimento da meta da redução da despesa pública em 2014.
As coisas azedaram quando foram discutidas as taxas a aplicar aos setores não transacionáveis. A decisão de Moreira da Silva de obrigar o setor energético a pagar uma contribuição adicional foi secundada por Paulo Macedo, que sugeriu um aumento da taxa especial a aplicar ao passivo dos bancos, e que está em vigor desde 2011.Uma sugestão que não foi aceite pela ministra.
Confrontado pelo Correio da Manhã, o ministério de Paulo Macedo esclareceu que “o Ministro da Saúde é solidário com todas as decisões tomadas em Conselho de Ministros”. Entretanto, a ministra das Finanças, que está no Luxemburgo, defendeu a constitucionalidade da convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações e a tabela remuneratória da Função Pública, mas admitiu ainda assim que as medidas têm elevada probabilidade de serem analisadas pelo Tribunal Constitucional.