PAULO BRANCO COMENTA ENCERRAMENTO DE SALAS DE CINEMA NO PAÍS

Produtor é muito crítico em relação à forma como se consomem filmes atualmente e diz que a mudança terá de ser promovida pela educação
Produtor é muito crítico em relação à forma como se consomem filmes atualmente e diz que a mudança terá de ser promovida pela educação
Produtor é muito crítico em relação à forma como se consomem filmes atualmente e diz que a mudança terá de ser promovida pela educação
Produtor é muito crítico em relação à forma como se consomem filmes atualmente e diz que a mudança terá de ser promovida pela educação

Entre junho de 2012 e o mês homólogo deste ano, encerraram 77 salas de cinema em Portugal, com maior destaque para Lisboa, Faro e Setúbal, onde fecharam, respetivamente, 16,15 e 11 salas.
No País que, segundo dados do Observatório Europeu do Audiovisual, mais perdeu em número de espectadores de cinema no último ano (menos 12,3% do que em 2011), a situação ameaça tornar-se catastrófica. Sobretudo se a perda de público tiver o efeito de bola de neve e levar ao encerramento de ainda mais salas.
Para o produtor Paulo Branco, essa situação é “inevitável”. A boa notícia é que “em Portugal atingimos um ponto crítico no cinema e a partir daqui só podemos melhorar”. E a crise não pode servir de argumento.
“As pessoas chegam a pagar 90 euros para ir a concertos. É uma questão de prioridades. O cinema continua a ser a forma de entretenimento e cultura mais barata”, sublinha, acrescentando que o caminho passa por mudar mentalidades.
“Quando as elites falam de cinema, é para se vangloriar em de que compramos DVD na Amazon ou que conseguiram ver um filme na internet. Sem se aperceberem da responsabilidade que têm ao afirmar tais coisas.”
Abrir mais salas de cinema, contando com o apoio das autarquias, e insistir na educação seria, para Paulo Branco, o princípio do fim da atual crise.“É preciso mostrar aos jovens que o cinema é uma forma de ler o presente e conhecer o passado.”