O País continua em crise e a sentir os efeitos das medidas de austeridade, mas os partidos têm mais de seis milhões de euros para gastar na campanha para as eleições autárquicas, marcadas para 29 de setembro.
São mais de 6 milhões de euros que os cinco partidos com assento parlamentar vão gastar na tentativa de conquistar municípios. Segundo os dados disponíveis pela Entidade de Contas que funciona junto do Tribunal Constitucional, a CDU lidera os gastos se não se contar com coligações. Vão ser 1,4 milhões de euros, dos quais 10 mil resultam de angariação de fundos. Sem qualquer subvenção estatal, só para propaganda estão destinados 450 mil euros. Segue-se o Partido Socialista, que tem um orçamento de 1,3 milhões de euros que resulta na totalidade do apoio do Estado na forma de subvenção. O partido de António José Seguro aposta forte nos comícios e espetáculos, onde planeia gastar quase um milhão de euros.
Os partidos que suportam a coligação governamental vão gastar menos neste ato eleitoral. O PSD conta com 395 mil euros do próprio partido para tentar conquistar as câmaras do País, enquanto o CDS tem ainda menos: 98 mil euros, também de fundos próprios. O valor parece baixo porque não inclui as largas dezenas de coligações com que PSD e CDS avançam para os municípios. Se contar- mos com as candidaturas coligadas, há que somar mais 2,4 milhões ao orçamento dos dois partidos da direita. O BE não apresenta um valor global de orçamento apenas por concelho. Mas, tudo somado, conta gastar pouco mais de um milhão de euros.
A título individual, as candidaturas de Lisboa e do Porto lideram custos. A campanha de António Costa na capital está orçamentada em 376 mil euros; a de Fernando Seara tem 343 mil. No Porto, há 350 mil euros para apoiar Luís Filipe Menezes.