PANDEMIA AFETA SAÚDE FÍSICA E ALIMENTAÇÃO DE ESTUDANTES CANADIANOS

Foto: Marcel Heil/Unsplash
Foto: Marcel Heil/Unsplash

A saúde, a alimentação e o comportamento sedentário dos jovens estudantes universitários piorou significativamente com a chegada da pandemia. É o que revela um recente estudo da Universidade de Saskatchewan.

Maus hábitos alimentares, baixos níveis de atividade física, comportamento sedentário e o aumento do consumo do álcool são as grandes consequências da pandemia na vida dos estudantes universitários.

Quem o diz é a Universidade de Saskatchewan, que conduziu um estudo junto de 125 estudantes da sua instituição e da Universidade de Regina.

Os dados apurados verificaram um comportamento não saudável dos estudantes do ensino superior que vivem de forma independente e que são responsáveis por comprar e preparar as próprias refeições.

Ao longo dos quatro meses de estudo, iniciado na mesma altura em que foram aplicadas as medidas de restrição, foi possível recolher dados sobre os hábitos alimentares e atividades físicas, antes e durante a pandemia, de estudantes universitários, através de um inquérito online.

Segundo o estudo, a pandemia veio reduzir em 20% o consumo de carne, em 44% o consumo de produtos lacticínios e em 45% o consumo de vegetais.

Também se registou uma diminuição significativa do consumo de bebidas com cafeína, como cafés e chás. No entanto, o consumo de álcool aumentou drasticamente.

A redução do horário dos supermercados e o encerramento dos restaurantes são apontados como as principais razões para a tendência de desnutrição entre os universitários, considerado um risco acrescido para a saúde juvenil durante a pandemia.

Outros estudos indicaram que o sofrimento psicológico causado pelo isolamento social contribuiu, de igual modo, para a má dieta e para o aumento do sedentarismo dos estudantes.

O comportamento sedentário aumentou de 3 para 11 horas diárias e está relacionado com o encerramento dos ginásios e espaços desportivos, de acordo com o estudo.

Atendendo aos resultados das investigações, os pesquisadores apelam a que os estudantes com práticas alimentares deficientes e atividade sedentária sejam alvo de intervenções. O objetivo é promover a adoção de comportamentos mais saudáveis.