O orçamento proposto para Toronto ultrapassou outro obstáculo na terça-feira à noite ao obter a aprovação do comité de orçamento, apesar de vários vereadores criticarem o plano municipal.
O comité votou a favor de seguir em frente com o orçamento proposto, que inclui cortes de 2,6% em muitos departamentos. O presidente do orçamento, o vereador Gary Crawford disse que exigir os cortes – embora alguns foram revogados – foi um exercício importante para a cidade levar avante e significou uma poupança de dinheiro dos contribuintes.
“Foi uma ferramenta necessária para chegar até onde estamos hoje”, afirmou Crawford ao comité de orçamento, observando que a cidade encontrou cerca de 170 milhões de dólares em poupanças este ano.
Crawford, que introduziu uma moção abrangente na terça-feira que reverteu vários cortes e investiu mais em algumas áreas, como o plano de nutrição estudantil, disse acreditar que o orçamento é justo e equitativo.
Novos geradores de receita, como uma taxa hoteleira – fixada em quatro por cento para os hotéis e 10 por cento para aluguer de curto prazo – e um plano para harmonizar as taxas com o Ontario Land Transfer Tax estão incluídos na moção de Crawford. Mas para equilibrar o orçamento, a cidade também usará 87,8 milhões de dólares em “estratégias de transição”, que inclui o empréstimo das reservas.
O vereador Gord Perks, que criticou abertamente o orçamento durante todo o processo, não poupou o plano, justificando que este passa o fardo para os contribuintes de 2018.
Já a vereadora Janet Davis criticou a decisão de cortar os subsídios de ocupação pagos às escolas de Toronto que abrigam creches, advertindo que cerca de 15 mil famílias poderiam pagar um valor adicional de 350 dólares por ano em cuidados infantis se essas escolas passarem os custos adicionais.
O presidente John Tory pediu à província que pague os subsídios de ocupação, argumentando que é injusto para a cidade pagar por eles, já que algumas escolas recebem a subvenção, enquanto outras não. A equipa de Tory também notou que não é uma certeza que sem o financiamento da subvenção, as direções escolares distritais de Toronto e outros teriam de passar os seus novos custos para os pais.
Entretanto, o vereador Glenn De Baeremaeker disse que a cidade sempre aproveitou os fundos de reserva para equilibrar o seu orçamento e, embora isso possa não ser o ideal, é um método válido.
A Assembleia Municipal vai ter uma palavra a dizer sobre o orçamento em fevereiro.
Fonte: CBC News