Lisboa, 05 dez (Lusa) – A Associação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL) está a acusar o sindicato dos estivadores de prosseguirem uma “estratégia de liquidação” das empresas com a greve iniciada a 14 de novembro e que vai decorrer até final do ano.
Em comunicado, a AOPL, juntamente com a Associação Marítima Portuária, refere que “as razões dos dirigentes sindicais para justificarem esta iniciativa são um mistério que ninguém razoável consegue entender, pois pretendem impor às empresas a aceitação de um regime de trabalho especialmente adequado aos seus desejos particulares, ainda que à revelia e em direto desrespeito da Lei de Trabalho Portuário em vigor desde 2013, depois de aprovada no Parlamento com os votos do PS, PSD e CDS-PP”.
Os operadores traçam um cenário difícil das consequências da greve: “Navios parados no estuário do Tejo à espera de descarga, armadores zangados a escolher outras escalas, empresas sem proveitos e com prejuízos, trabalhadores sem rendimento, porto de Lisboa sem futuro”.