OE2015: CFP CALCULA QUE DÉFICE SEM MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS FIQUE ENTRE 2,9% E 3%

LusaLisboa, 15 jan (Lusa) – O Conselho de Finanças Públicas (CFP) considerou hoje que “não se afigura possível” que o défice orçamental excluindo medidas extraordinárias fique nos 2,8% em 2015, como previsto pelo Governo, estimando que fique “entre os 2,9% e os 3%”.

No seu relatório “Evolução económica e orçamental até ao final do 3.º trimestre e perspetivas para 2015”, hoje publicado, o CFP escreve que “o cumprimento da meta do Orçamento do Estado para 2015 [OE2015] ajustada de medidas temporárias e não recorrentes (-2,8% do PIB) implicaria que o défice não ultrapassasse 0,5% do PIB no último trimestre de 2015” e acrescenta que “tal não se afigura possível”.

No entanto, a entidade liderada por Teodora Cardoso prevê que, em termos ajustados, o défice orçamental de 2015 “fique entre os 2,9% e os 3%” do Produto Interno Bruto (PIB), mas que, não ajustando o desempenho orçamental dessas medidas, o défice “irá exceder o limite de 3% do PIB, na sequência da medida de resolução do Banif, ocorrida no passado mês de dezembro, que envolveu um auxílio público de montante significativo”.