O REGRESSO DA GUERRA FRIA

Depois da segunda guerra mundial, o mundo ocidental habituou-se aos conflitos no Médio Oriente. No início destes confrontos, vivia-se o final da década de 60, a situação era bastante grave com invasões de territórios, retaliações, uma completa desgraça. Árabes e israelitas passaram a preocupar todos e a ocupar os principais espaços noticiosos. A Palestina estava no centro das atenções e tudo servia de pretexto para gerar conflitos e manter uma guerra.

O petróleo passou a ser a arma até então adormecida. Os árabes descobriram que desta forma poderiam mostrar ao mundo e especialmente aos países do Ocidente a sua força e influência no crescimento económico. A guerra passava-se à volta de Israel, sempre sob a ameaça de destruição e aniquilação total. Por todo o lado soavam as preocupações de um mundo cansado de guerra e que ambicionava viver em paz.


Com o passar dos anos, a guerra fria fo caindo no esquecimento. Sempre com a Palestina em pano de fundo, outros conflitos se desenvolveram e agudizaram. Todas as baterias apontavam para o Médio e Extremo Oriente. O mundo ocidental habituou-se às crises e até passou a ver a guerra em direto, através de vários canais de TV. Desde a Tunísia até ao Egito e com o Iraque em pano de fundo, houve profundas alterações. A Síria continua em ebulição e nada disto tem afetado o descanso de quem por cá anda.
Na Europa, a ex-União Soviética e a ex-Jugoslávia desintegraram-se com mais ou menos fulgor. O Ocidente parecia viver agora uma paz como nunca visto. Até que

uma mudança na Ucrânia, país entalado entre União Europeia e a Rússia, veio desencadear novas preocupações e desenterrar a guerra fria que estava adormecida. A Crimeia é o pretexto e o mundo está de novo suspenso com receios de que qualquer ato de loucura praticado por uma das partes possa tornar-se incontrolável.
Já se sabe que o Ocidente está a instalar-se em Kiev. E ao mesmo tempo os russos agarram a região da Crimeia. A resolução do conflito está para vir e será, novamente, sob forte tensão que se avança. Neste caso, a força não está no poder da economia, mas no poder das armas. É um conflito perigoso e diferente a que já não estávamos habituados.

A Direção