O QUE AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS DA PARCERIA TRANS-PACÍFICO SIGNIFICAM PARA O CANADÁ

TPPOs ministros do Comércio de 12 países do Pacífico vão encontrar-se na terça-feira no Havai para começar quatro dias de intensas negociações sobre o que está ser apontado como um dos maiores acordos comerciais na história.
A Parceria Trans-Pacífico, ou TPP, é uma proposta de acordo de comércio internacional a ser negociado entre uma dúzia de países: Canadá, Estados Unidos, México, Austrália, Japão, Nova Zelândia, Malásia, Singapura, Vietnam, Chile, Peru e Brunei.
O PIB dos 12 países envolvidos nas negociações totaliza mais de 27 triliões de dólares.
O governo dos EUA apregoa o TPP como um acordo que irá eliminar tarifas “e outras barreiras” ao comércio, facilitando ao mesmo tempo o desenvolvimento da produção e cadeia de suprimentos entre os países membros.
O texto integral do TPP não foi tornado público, mas o negócio supostamente cobre tudo, desde produtos alimentares a carros. Este também aborda questões de política tais como os direitos trabalhistas.
Adam Taylor, ex-conselheiro do ministro do Comércio Internacional do Canadá Ed Fast, diz que com as negociações em curso no Havai, o Canadá estará na “premiere table” para o século XXI, numa das regiões estrategicamente mais importantes: a Ásia-Pacífico, região em “rápido crescimento”.
Exportadores canadianos, em todos os setores-chave da economia, vão ter “acesso preferencial” para um grande grupo, que é “um valor positivo para o Canadá”, disse Taylor em entrevista ao Canadá AM da CTV na segunda-feira.
Em termos práticos, os consumidores canadianos poderiam ver os preços mais baixos na caixa de pagamento, como resultado de mais concorrência no setor.
Mas, com o acordo a chegar à sua reta final, Taylor lembrou que as questões “politicamente sensíveis” devem ser abordadas pelos ministros.
No final de junho, o primeiro-ministro Stephen Harper disse que o Canadá iria defender o sistema de gestão da oferta, enquanto procura o acordo comercial.
Com uma eleição federal iminente, Taylor sublinhou que cada líder partidário terá que “mostrar a sua mão” e declarar a sua posição no TPP.
Fonte: Canadian Press