NOBEL POR COMBATE A ARMAS QUÍMICAS

A OPCW tem trabalhado na Síria em colaboração com equipas da ONU (Foto de Mohamed Abdullah/REUTERS)
A OPCW tem trabalhado na Síria em colaboração com equipas da ONU (Foto de Mohamed Abdullah/REUTERS)
A OPCW tem trabalhado na Síria em colaboração com equipas da ONU (Foto de Mohamed Abdullah/REUTERS)
A OPCW tem trabalhado na Síria em colaboração com equipas da ONU (Foto de Mohamed Abdullah/REUTERS)

O Prémio Nobel da Paz deste ano distinguiu o trabalho da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPCW, na sigla inglesa). Fundada em 1997, está actualmente a supervisionar a destruição do arsenal químico da Síria, trabalho que terá pesado na decisão do Comité Nobel Norueguês.
“Sabíamos que o nosso trabalho silencioso estava a contribuir para a paz no Mundo”, afirmou o turco Ahmet Uzumcu, líder da OPCW, reconhecendo que, graças à missão na Síria, “nas últimas semanas toda a comunidade internacional ganhou consciência disso”.
Na justificação da escolha, o líder do Comité Nobel, Thorbjoern Jagland, frisou que o prémio deve alertar países como os EUA e a Rússia para a urgência de eliminaremos seus próprios arsenais químicos, “especialmente porque estão a exigir que outros, como a Síria, o façam”.
Uzumcu assegurou que 80% dos arsenais sob a supervisão da OPCW, excluindo os da Síria, já foram destruídos.
A organização foi felicitada por dezenas de individualidades, entre elas José Manuel Durão
Barroso. O presidente da Comissão Europeia lembrou que “a própria Europa experimentou, na Primeira Guerra Mundial, o sofrimento causado pelas armas químicas” e lembrou o seu uso na Síria: “Demonstra que atos tão odiosos não foram erradicados do comportamento humano”.