
O presidente do Instituto de Seguros de Portugal afirmou no parlamento não ter qualquer informação que “desabone” sobre a situação financeira do grupo chinês Fosun que comprou a Caixa Seguros e garante ter consultado vários supervisores.
Durante a audição anual das Entidades Reguladoras no parlamento, José Almaça frisou que o ISP consultou neste processo várias entidades de supervisão, de Hong Kong, da República Popular da China, e em ‘off’ a de Macau pela proximidade, além dos dados económicos da empresa adquirente, o grupo Fosun, respondendo assim aos deputados depois de a agência de notação financeira Moody’s ter afirmado em meados deste mês que há riscos no que toca à integração da seguradora nacional no portfólio da Fosun e ter levantado questões sobre a solidez financeira do grupo.
O responsável adiantou ainda que sugeriu que a sede ficasse estabelecida em Lisboa quando foi consultado sobre a operação, e não no Luxemburgo, como pretendia o grupo que recebeu luz verde do ISP na quinta-feira para a compra de 80% dos seguros da Caixa Geral de Depósitos.
Segundo o comunicado divulgado, a entidade liderada por José Almaça tomou a decisão de não oposição depois dos requerimentos apresentados, dando conta da intenção de o grupo chinês Fosun “adquirir, através da LongRun Portugal, pelo menos 80% do capital social e dos direitos de voto da Fidelidade – Companhia de Seguros, da Multicare – Seguros de Saúde, e da Cares – Companhia de Seguros, à Caixa Seguros e Saúde”.
O Governo português escolheu vender 80% da Caixa Seguros à companhia chinesa Fosun International por mil milhões de euros, uma privatização que deverá ser concretizada até final deste semestre.