MULHERES, IMIGRANTES E PAIS SOLTEIROS COM PROBLEMAS CRESCENTES DE SAÚDE MENTAL

Foto: Polina Zimmerman/Pexels
Foto: Polina Zimmerman/Pexels

A saúde mental dos canadianos tem vindo a piorar por causa da pandemia. O problema é particularmente sentido pelas mulheres, pais solteiros e imigrantes recém-chegados. Conclusões de uma nova sondagem.

A desigualdade de género continua a ser um problema em diversas áreas e agora parece estar também a impactar a saúde mental. Um novo inquérito feito no Canadá mostra que há mais mulheres do que homens a relatar dificuldades do foro psíquico. Uma realidade que se tem vindo a agravar com a pandemia, sobretudo na faixa etária dos 18 aos 34 anos.

Além das mulheres em geral, também as mães e pais solteiros enfrentam mais problemas de saúde mental do que a generalidade das pessoas. De acordo com inquérito, conduzido pela Leger e a Associação de Estudos Canadianos, 40% dos progenitores canadianos descrevem a sua saúde mental como sendo “má” ou “muito má”.

As mulheres com filhos, dizem os especialistas, têm sido desproporcionalmente afetadas pela pandemia. Regra geral, são as mães que prescindem do trabalho e de outras atividades para tomarem conta dos filhos durante confinamento. O cenário é pior entre mães solteiras, que não têm com quem repartir responsabilidades.

Também os imigrantes recém-chegados relatam problemas psicológicos. 25% dos que vivem no Canadá há menos de 5 anos dizem que a sua saúde mental é “má” ou “muito má”. Valor que desce para os 19% entre os inquiridos que nasceram no país.

Os chamados grupos ‘racializados’, que incluem pessoas de etnia não caucasiana, compõem o leque dos que mais têm sofrido com a pandemia do ponto de vista mental. Quase 27% dos inquiridos sul-asiáticos deram conta de problemas deste tipo, valor que se situa nos 20% entre os de ascendência africana e nos 18% entre os entrevistados chineses.