

Umas férias de sonho transformaram-se num pesadelo de quase um milhão de dólares para um casal canadiano cuja mulher entrou inesperadamente em trabalho de parto quando estavam no Havai.
A residente de Saskatchewan, Jennifer Huculak, estava grávida de seis meses, quando entrou em trabalho de parto durante as férias com o marido, em outubro de 2013.
Deu à luz uma menina e foi enviada para casa com uma fatura médica, totalizando 950 mil dólares, noticiou a CP24.
“É como um murro no estômago”, disse à CTV News Saskatoon. “Quem pode pagar uma fatura médica de um milhão de dólares? Quem pode pagar isso?”.
A fatura exorbitante veio depois de Huculak ter sido forçada a passar seis semanas no hospital, em repouso, depois de as águas rebentarem no seu segundo dia de férias. Deu à luz uma criança de nove semanas, antes da data prevista, e a bebé teve que ficar nos cuidados intensivos durante dois meses.
Huculak declarou à CTV News que se tinha preparado para o pior, ao subscrever um seguro da Blue Cross e ao obter a aprovação do seu médico para viajar. Segundo Jennifer a Blue Cross recusou-se a pagar qualquer montante, alegando que existia uma condição pré-existente.
Numa carta enviada a Huculak, obtida pela CTV News, a empresa afirmou o seguinte: “A Srª Huculak foi diagnosticada e tratada por uma gravidez de alto risco nos seis meses anteriores à partida para o Havai. Como a srª Huculak está internada e em tratamento para esta gravidez de alto risco, quaisquer despesas incorridas não são elegíveis nos termos da sua apólice.”
Huculak está a refutar a alegação, afirmando que não tinha uma gravidez de alto risco. Ela teve uma infeção na bexiga, que provocou uma hemorragia.
“O especialista, no Havai, referiu que essas coisas simplesmente acontecem. Não há nada que as cause”, salientou.
O seu especialista, no Havai, telefonou inclusivamente à Blue Cross, apoiando a alegação da sua paciente, mas a seguradora manteve a sua posição recusando a avançar com o dinheiro.
A família de Huculak está agora a considerar a declaração de falência e estão a equacionar se avançam para tribunal.
“É uma situação muito triste que se está a passar, e as pessoas precisam estar cientes de que as companhias de seguros vão negar apoio caso surja alguma circunstância imprevista que exija a ativação do seguro”, lamentou.