Mudanças na Região de Peel e Açores

Correio da Manhã Canadá

Na última primavera, a política municipal de Ontário foi abalada por algumas notícias impactantes. Em maio, o Governo anunciou que a Região de Peel, criada para coordenar o planeamento e os serviços entre Mississauga, Brampton e Caledon, seria dissolvida e que as três cidades seriam separadas. A falecida Hazel McCallion e a sua sucessora como presidente da Câmara de Mississauga, Bonnie Crombie, veriam o seu sonho de longa data tornar-se realidade.

Só que com a época festiva a aproximar-se, as notícias parecem agora mais satisfatórias para Brampton e Caledon. A imprensa canadiana refere que Doug Ford teve dúvidas e espera-se agora que abandone completamente a dissolução da região de Peel, embora formalmente o gabinete do premier diga que não foi tomada qualquer decisão.

A razão declarada para esta mudança drástica é a revelação de que a dissolução do município regional poderia custar aos contribuintes mais de mil milhões de dólares e aumentar os impostos sobre a propriedade em 38%, de acordo com uma análise encomendada pela Câmara Municipal de Brampton. Mas isto nunca foi uma real novidade para os munícipes. Convém agora a Caledon e Brampton fazerem bastante ruído sobre os custos. Já Mississauga parece querer boicotar a ceia de Natal, uma vez que a implicação dos relatórios de 2019 e 2023 é de que a cidade está, de facto, a subsidiar o crescimento dos seus municípios irmãos com grandes montantes.

Recorde-se que a Região de Peel financia serviços importantes que os seus eleitores gostariam de continuar a receber. Como policiamento, esgotos, água, gestão de resíduos e estradas principais. Já nos Açores, o assunto a causar polémica continua a ser a crise política. José Manuel Bolieiro, o presidente do Governo Regional dos Açores que viu ser rejeitado o Orçamento de 2024 para a região, regozijou-se com a marcação de eleições antecipadas. Foi Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da República Portuguesa quem o anunciou ontem à tarde, numa nota oficial. Os eleitores açorianos vão assim escolher o novo Governo para a região um mês antes de voltarem a ir às urnas para escolher um novo primeiro-ministro para Portugal. Enfim, vão ser tempos de decisão e mudanças…