MORTE DE D. JOSÉ POLICARPO PROVOCA REAÇÕES DE DIVERSAS FIGURAS DA SOCIEDADE

jose_policarpoO cardeal D. José da Cruz Policarpo não resistiu a problemas cardio-vasculares e faleceu na quarta-feira à noite aos 78 anos, deixa um legado na igreja que muitos recordaram agora, teve um papel interventivo na sociedade e, face à crise económica, mostrou-se preocupado com os sacrificios exigidos, chegando a advertir que os bispos não podiam ficar em silêncio.
O Cardeal esteve à frente do patriarcado de Lisboa durante 15 anos, tendo apresentado a renuncia ao cargo em 2011 por limite de idade e em junho de 2013 deixou o Patriarcado, tendo-se retirado para uma casa de oração em Sintra.
O governo decretou 1 dia de luto nacional em memória ao antigo cardeal patriarca de lisboa, o luto será cumprido sexta-feira em todo o país.
As homenagens fúnebres decorrem na Sé de Lisboa de onde sairá o funeral marcado para esta sexta-feira.
O seu patriarcado ficou ainda marcado por outras polémicas, nomeadamente quando alertou as jovens portuguesas para os riscos de se casarem com muçulmanos, observação mal recebida numa altura em que as questões do diálogo interreligioso estavam na ordem do dia.
José Policarpo, que participou na eleição do papa Francisco, chegou a ser apontado como sucessor de Bento XVI, que resignou em fevereiro 2013 e na altura considerou a hipótese “pouco provável” dizendo em jeito de brincadeira, que renunciaria “logo a seguir” se fosse escolhido pelos seus pares.
O prelado morreu na sequência de uma operação a um aneurisma na aorta, num hospital de Lisboa, onde deu entrada depois de se ter sentido mal na manhã de quarta-feira, era atualmente patriarca emérito de Lisboa, depois de ter sido patriarca de Lisboa entre 1998 e 2013.
O assessor do patriarcado, padre Nuno Rosário Fernandes, adiantou que as exéquias vão realizar-se na sexta-feira à tarde, na Sé de Lisboa.