

Funeral segue amanhã, às14h15, para o cemitério do Alto de S.João.
Quando lhe perguntavam qual era a morna ou a coladeira favorita, Bana tinha sempre dúvidas e enumerava pelo menos uma meia dúzia de canções, que dizia que tinham de ser cantadas “quase a chorar”, por “virem do peito”. Os ritmos quentes de Cabo Verde ganham fama na sua voz, que se calou ontem definitivamente, aos 81 anos. O músico estava internado no Hospital de Loures e morreu de madrugada, na sequência de doença prolongada.
Nome mundialmente conhecido da música africana, Bana editou mais de meia centena de discos e era, a par da também já falecida Cesária Évora, um símbolo do Mindelo, que ajudou a lançar artistas como Celina Pereira, Tito Paris, Leonel Almeida ou Titina. Além da música, o artista, de quase dois metros de altura e ar bonacheirão, lançou um célebre restaurante com pista de dança em Lisboa, Monte Cara, popular a partir de 1974.