Impelidos pela austeridade e pelo drama de não conseguirem honrar os compromissos financeiros com os bancos, são cada vez mais os portugueses que tentam rifar as suas casas e respetivos negócios um pouco por todo o País, incluindo as regiões autónomas. Quem adquirir uma rifa, no valor de cinco ou dez euros, pode ganhar o imóvel no sorteio final. No entanto, o ‘negócio’ que à primeira vista parece ser promissor é, segundo o Ministério da Administração Interna, “ilegal”.
“A ideia de rifar a casa surgiu em setembro do ano passado, após ter conhecimento de um caso nos Açores. Como sou doente de Parkinson, e estou a passar por dificuldades financeiras, achei que era uma boa de forma de ‘vender’ a casa, já que não o consegui fazer de outra forma”, revela Elsa Carvão, de 47 anos, acrescentando que, apesar da originalidade, a procura tem sido fraca.