
Maputo, 16 mar (Lusa) – A nova coordenadora residente das Nações Unidas em Maputo, Márcia de Castro, alerta que a alteração dos modelos de ajuda internacional obrigará países como Moçambique a repensarem as prioridades dos seus gastos públicos.
“Países recetores da assistência internacional como Moçambique têm diante de si uma situação complexa e uma oportunidade para começarem a repensar como a distribuição do gasto público tem de atender as prioridades mais urgentes na parte social, infraestruturas e geração de emprego para trazer mais dividendos para a população”, defendeu em entrevista à agência Lusa a representante da ONU, que apresentou credenciais em Maputo no início de março.
Segundo Márcia de Castro, economista brasileira com 26 anos de serviço na ONU, Moçambique beneficiou de expressivo apoio externo nos últimos anos, mas, à semelhança de outros países em desenvolvimento, vai ser influenciado por mudanças do foco da cooperação internacional e também pela competição pelos recursos motivada pela crise de refugiados na Europa.