
Decorreu ontem, na China, o julgamento de Michael Kovrig, detido há mais de dois anos, sob acusações de espionagem. Kovrig é um dos ‘Two Michaels’ no caso da aparente retaliação do país asiático pela detenção da diretora-executiva da Huawei. O acesso ao julgamento e ao resultado estão, ainda, bloqueados ao Governo canadiano.
A polémica em torno do caso dos ‘Two Michaels’ voltou a levantar os ânimos entre o Canadá e a China. Michael Kovrig foi a julgamento em Pequim, na China, no dia 22 de março, numa audiência que ocorreu à porta fechada.
O julgamento do ex-diplomata foi após a audiência inicial no caso do empresário canadiano Michael Spavor. O segundo Michael enfrenta acusações semelhantes, mais a norte do país.
Kovrig e Spavor estão presos no país asiático, desde finais de 2018, sob acusações de espionagem. Aparentemente um ato de vingança do país chinês pela detenção de Meng Wanzhou em território canadiano, a pedido dos Estados Unidos.
Com a falta de informações sobre como decorreu o julgamento, a tensão da China com os dois países da América do Norte sobe.
O Canadá queixa-se de uma violação das obrigações internacionais e mútuas nos acordos entre o país chinês e o canadiano. Critica o processo do tribunal de não ser transparente e ganhou o apoio do Governo norte-americano, que exigiu publicamente a libertação imediata dos dois Michaels.
Para além dos Estados Unidos, outros 26 países enviaram representantes a Pequim para mostrar o apoio aos canadianos, incluindo o Reino Unido, a Austrália e muitos países europeus.
