MENTIRA DE MACHETE VALE 0,01% DA SLN

Responsável pelos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu-se ontem no Parlamento (Foto de Manuel de Almeida/LUSA)
Responsável pelos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu-se ontem no Parlamento (Foto de Manuel de Almeida/LUSA)
Responsável pelos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu-se ontem no Parlamento (Foto de Manuel de Almeida/LUSA)
Responsável pelos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu-se ontem no Parlamento (Foto de Manuel de Almeida/LUSA)

Rui Machete negou ontem ter mentido ao Parlamento sobre a sua presença como acionista no Banco Português de Negócios (BPN). O ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que o seu peso na Sociedade Lusa de Negócios (SLN) foi “correspondente a menos de 0,01 por cento”, acrescentando estar a ser vítima “de uma campanha de ataque pessoal, que visa um verdadeiro assassinato político e um ataque à honra das pessoas”.
As declarações de Rui Machete foram proferidas perante a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, na Assembleia da República, numa reunião pedida pelo próprio ministro, a propósito do seu envolvimento no Grupo BPN/SLN. A questão angolana acabou, porém, por dominar as cerca de três horas de audiência.
Sobre a acusação de ter mentido ao Parlamento sobre o BPN, Machete alegou que a carta que escreveu a 5 de novembro de 2008 ao deputado do Bloco de Esquerda Luís Fazenda, em que afirmou a ideia “não exacta” de que não era acionista da SLN, foi anterior à constituição da comissão parlamentar de inquérito sobre o BPN.
Ainda de acordo como ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), não houve qualquer falta à verdade, porque a comissão apenasse constituiu na Assembleia da República a 16 de dezembro de 2008 e a sua carta foi escrita antes a 5 de novembro do mesmo ano.
Perante a comissão parlamentar, Rui Machete reduziu a importância da sua participação
No BPN, declarando que foi dono de apenas “um pequeno lote de ações que, como é evidente, não é suscetível de influenciar a gestão de qualquer sociedade”.
Segundo Rui Machete, a carta que dirigiu a Luís Fazenda “não foi dirigida à comissão de inquérito, mas ao presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda”, e teve como objetivo frisar que não assumiu cargos relevantes de gestão no BPN ou na SLN.