

Em vez de tirar dinheiro da mala para pagar as joias, no valor de 7200 euros, que tinha escolhido na ourivesaria do centro comercial Roma, em Lisboa, a médica Mónica Moreira sacou de um gás pimenta com o qual atacou a funcionária. Foi a 26 de dezembro de 2011 que fez o assalto e foi detida. Ontem começou a ser julgada. O tribunal ordenou uma perícia psiquiátrica para apurar se tinha consciência do que estava a fazer.
Na primeira sessão, no Campus da Justiça, Lisboa, Mónica Moreira, 49 anos, contou que tem acompanhamento psiquiátrico há anos e que quando tentou roubar a ourivesaria Antiquorum, “estava descompensada, sofria de uma grave depressão, tinha alucinações”.
A médica – que em abril de 2011 tinha sido afastada de um centro de saúde após ter auxiliado Armando Vara a passar à frente de vários doentes que aguardavam por consulta – explicou que no dia do roubo só queria dar um passeio como filho de 15 anos, que ficou no exterior da loja.
Disse ter sofrido uma “alteração de humor e irritabilidade”, face ao atendimento “indelicado” da empregada. O relatório determinará a sua imputabilidade ou inimputabilidade – o julgamento é interrompido até o documento estar pronto.