Elizabeth May vai permanecer como líder do Partido Verde, apesar de uma controvérsia sobre o Médio Oriente que dividiu os membros e a levou a considerar deixar o cargo.
O partido vai revisitar uma resolução da convenção para apoiar uma decisão de boicotar Israel, juntamente com quaisquer outras decisões políticas recentes sem um verdadeiro consenso, disse May, em conferência de imprensa de segunda-feira.
Entretanto, May vai concentrar-se no seu trabalho como membro de uma comissão parlamentar que estuda opções para remodelar o sistema eleitoral do Canadá, antes da próxima votação nacional daqui a três anos.
“Esta é uma decisão que eu acho que o partido precisa, quando procuramos desenvolver a nossa força, e enquanto eu trabalho na reforma eleitoral e nos preparamos para 2019”, disse May.
Na recente convenção do partido, os membros votaram para expressar apoio à denominada decisão de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel – uma decisão à qual May se opôs e que grupos judaicos rapidamente denunciaram.
Durante a conferência de imprensa de segunda-feira, May classificou os problemas recentes do partido como um “momento de aprendizagem” e disse que a sua crença na tomada de decisão consensual se aplica tanto na forma como o partido faz política, como na reforma eleitoral nacional.
May passou os últimos dias ponderando o seu futuro durante as férias em Cape Breton.
Ela firmemente acabou com as sugestões de que ela estava a ponderar juntar-se ao NDP ou aos Liberais. “Isso nunca foi levado em consideração.”
May disse que se sentiu “sensibilizada por ler tantas cartas de apoio” de membros do partido, de não-membros e de outros deputados federais.
Fonte: Canadian Press