Marta e Teresa: esta é por vós, por todas as mulheres

Correio da Manhã Canadá

A 8 de março celebramos o Dia Internacional da Mulher. O Dia da Marta, da Teresa. Elas que levam até si, caro leitor, as melhores histórias deste nosso/vosso Correio da Manhã Canadá.

Nesta edição, presenteiam-nos com belas narrações; entrevistas especiais imperdíveis. Sim, nesta edição as entrevistas são das mulheres do Correio da Manhã Canadá. Foram elas que as pensaram, que as levaram a cabo, para dar a melhor informação em português à comunidade lusa presente no Canadá. Uma menção que não poderíamos deixar passar em branco, numa época nefasta para o mundo.

Tudo isto começou em 2020. Mas se este foi um ano atípico, 2021 não parece estar a ser muito melhor. Pandemia, a quanto obrigas? De realçar que, por exemplo, cerca de 70% dos trabalhadores da saúde no mundo são mulheres, mas apenas 25% desempenham funções de liderança, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, que destacou o seu “papel excecional” no combate à Covid-19. Além disso, quantas mulheres no mundo abriram mão dos seus empregos, foram dispensadas, viram as suas empresas mais vulneráveis? Uma das grandes mudanças implementadas foi o teletrabalho e este foi um dos pontos de maior fragilidade para as famílias, sobretudo para todas as mulheres.

A mulher regressou ao passado. Digam o que disserem, mesmo que estejamos a viver uma pandemia. A mulher voltou aos dias em que não havia liberdade para trabalhar fora de casa. Viu-se confinada e, por isso, passou a assumir um conjunto de papéis. Não esquecer que um dos fatores que mais contribuiu para a emancipação da mulher foi o poder de trabalhar fora de casa.

É um retrocesso, sejamos francos. Vale a pena assistir ao filme canadiano de 2019: ‘Kuaipan’, de Myriam Verreault. A longa-metragem foi um dos destaques do ‘My French Film Festival’. Narra a trajetória de duas meninas do povo Innu, do Canadá. As duas enfrentam o preconceito contra os indígenas e o machismo que impera no seu povo. O melhor do filme é que elas juntas resistem e mostram que a luta vale a pena, para serem donas das suas vidas. Um filme que merece ser apreciado, interiorizado e amado. Tal como elas e as mulheres do mundo.