

Pela segunda vez no espaço de uma semana, o sérvio Markovic saltou do banco de suplentes da equipa do Benfica para anular desvantagens da equipa e, com isso, salvar a pele ao treinador Jorge Jesus. Ontem fê-lo através de um lance genial, que poderia muito bem ter sido assinado por uma super-estrela argentina, e com isso escondeu a incapacidade da equipa em ligar o seu futebol.
O golo do Benfica foi conseguido na segunda parte e na melhor fase da equipa. Tal como o do Sporting, marcado aos10 minutos por Montero, já dera expressão ao período dourado dos leões. Cinco pontapés de canto cedidos pela defesa dos encarnados nos primeiros quatro minutos induziram na equipa leonina uma dinâmica que haveria de ser materializada pouco depois, num lance precedido de irregularidade, em que o goleador mor da Liga, com cinco golos, recebeu a bola em fora de jogo, na fase inicial da jogada.
A primeira parte teve algum ascendente do Sporting, situação conseguida à custa de uma maior velocidade aplicada nos flancos e principalmente pelos desequilíbrios que a movimentação de André Martins criou no espaço entre o meio-campo e a defesa. Na segunda parte, Matic rectificou o posicionamento e por aí começou a reorganizar-se o Benfica, que transportou o jogo uns metros mais para diante.
Jorge Jesus teve de lidar neste jogo com contratempos motivados por lesões dos seus jogadores. Pérez, Salvio e Gaitán saíram precocemente de combate para dar vez a Ruben Amorim, Markovic e Cardozo, este a consumar um regresso em que mostrou claramente estar sem ritmo e que até por isso pareceu forçado. O Benfica subiu linhas, jogou mais à frente e chegou ao empate. O Sporting abanou mas não caiu e até acabou o jogo por cima. Mas o resultado estava feito.
